Caso Letycia: Polícia Civil ouve esposa e amigo do suspeito, além da obstetra que cuidava da gestação

A delegada titular da 134ª DP (Centro), Natália Patrão, divulgou na noite desta quinta-feira (16), mais informações sobre as investigações do homicídio de Letycia Peixoto Fonseca e do filho que ela esperava, Hugo. As novidades do caso são o depoimento da esposa de Diogo, onde ela afirma que não estava separada e que só tomou conhecimento sobre o relacionamento extraconjugal do marido após o crime e também o depoimento de um amigo de Diogo, onde ele alega que só tomou conhecimento sobre a gravidez de Letycia após a morte da jovem.  

A esposa de Diogo, que não teve o nome divulgado, foi ouvida mais uma vez, e afirmou que não sabia do relacionamento extraconjugal do marido. “Ouvimos novamente a esposa do suspeito/mandante que estava totalmente abalada emocionalmente, nunca soube da existência da Letycia, relatou estar arrasada como todos, disse que no dia posterior ao crime o suspeito/mandante lhe contou que havia traído há apenas oito meses, que a Letycia engravidou assim que eles começaram a se encontrar e que o filho realmente era dele. Acrescentou que, todas as vezes que ele dormia fora de casa, ele lhe dizia que estava dormindo na clínica de tratamento psiquiátrico. Finalizou dizendo que não teve mais contato com o suspeito/mandante, nem quer ter, desejando se separar”, divulgou a delegada.

A obstetra de Letycia também foi ouvida e afirmou que já havia atendido a jovem no ano de 2018, quando ela teve uma gestação que evoluiu para um aborto. A médica afirmou que consultou Letycia de cinco a seis vezes e que não se recordava se alguma vez ela foi acompanhada de Diogo. A obstetra também observou que Letycia estava muito feliz com a gravidez, compartilhando várias descobertas e que era sempre muito tranquila e agradável.

A delegada também afirmou que ouviu a chefia imediata de Diogo Viola de Nadai no IFF foi ouvida e que confirmou as informações anteriormente divulgadas (aqui), que o suspeito adotou rotina atípica na semana do crime, ficando na universidade muito mais tempo do que o que costumava.

Um motorista de aplicativo Uber foi ouvido como testemunha, mas forneceu informações relevantes.

Amigo do suspeito foi ouvido
“Ouvimos um amigo pessoal do suspeito/mandante, há 10 anos que relatou que o conhecia como um homem casado com sua esposa, havia relacionamento normal de casal, o matrimônio se apresentava de forma típica, sabia muito pouco da existência da Letycia, mas pensava que era uma “ficante”, com encontros fugazes e passageiros. O suspeito/mandante nunca conversou com ele sobre Letycia, não sabia da gravidez e acredita que nenhum outro amigo soubesse. No dia do crime o suspeito/mandante lhe confessou que o filho era dele”, divulgou Natália Patrão.

Outra pessoa ouvida pela Polícia Civil foi a corretora de imóveis que alugou o apartamento que o suspeito/mandante estava montando para morar com Letycia. “Contou que Letycia em todas as vezes estava sozinha, grávida, se mostrava uma mulher muito tranquila, sem preocupação, mas que nas conversas se referia ao suspeito/mandante como companheiro e marido e também pelo próprio nome dele. A entrega das chaves do apartamento ocorreu no Sábado de carnaval, dia 18/02/2023, 12 dias antes do crime, ocasião que o suspeito/mandante estava presente, fazendo o estilo “protetor”, tratando tudo com muito cuidado, comentando até sobre tela de proteção para os gatos ficarem seguros. Finalizou dizendo que Letycia era uma menina muito serena, aparentou ser justa e honesta, pois tratou com muita tranquilidade a negociação, o envio de documentos e até mesmo no pagamento da caução no valor de R$ 6.600.