Contas de Rosinha de 2016 reprovadas pelo TCE, voltam a ser discutidas na Câmara
Conforme prometido pelo presidente Marquinho Bacellar, Projetos de Lei e votações pendentes que seguiam travadas na Câmara Municipal de Campos irão ganhar a sequência e suas respectivas tramitações. E, para surpresa da base governista, hoje composta por 13 dos 25 vereadores, o presidente anunciou para o dia 15, quarta-feira da próxima semana, a votação das contas do exercício 2016, da ex-prefeita Rosinha Garotinho, mãe do prefeito Wladimir Garotinho.
Com sete irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas (TCE), em 2018 as contas foram votadas e reprovadas pela maioria dos vereadores que compunham na ocasião a Casa de Leis.
Mas a defesa da ex-Prefeita apresentou argumentações alegando que ela não teve a oportunidade de apresentar suas argumentações, e, de forma surpreendente, em 2021, a votação de três anos anteriores acabou sendo anulada, pela maioria dos vereadores, os mesmos da atual legislatura.
Importante destacar que, mesmo hoje obtendo a maioria dos vereadores em sua base governista (13 a 12), o prefeito Wladimir Garotinho, que não se pronunciou publicamente ainda, da nova decisão, não teria condições de ajudar a reverter a decisão de 2016, pois para algumas das irregularidades apontadas, com a reprovação das contas, Rosinha Garotinho da possibilidade de se tornar elegível, há a necessidade de 17 votos.
O vereador Juninho Virgílio declarou estar surpreso com a marcação da data para votação das contas, e, chegou a ir à Tribuna solicitar que o Presidente pudesse rever a decisão, pois se tratava de uma posição ‘temerária’. “Se Vossa Excelência mantiver sua decisão quero deixar claro que não vou seguir no clima de pacificação que estamos tentando manter aqui na Casa. É uma decisão temerária. Assim eu não entendo como pacificação e não vou manter minha posição para seguir dessa forma”.
Marquinho Bacellar pediu a palavra e declarou. “Quero deixar claro aos que questionam que a pacificação se trata de respeitar o outro. O Ato que foi lido é da Mesa Diretora e se trata das contas de 2016. Em 2021 houve votação que vereador tirou a votação que já tinha sido aprovada. É como se lá na frente os futuros vereadores fizessem com a gente o mesmo com as propostas que estamos votando agora. Está desde junho nas pautas pendentes e vai para pauta. Seja de quem for, projetos pendentes terão a celeridade. Nada de blindar e tem que deixar claro que a pacificação é o respeito, com pautas sendo enviadas 15 dias antes, por exemplo. Não tem briga, birra ou descumprimento. Estava estranhamente presa desde junho de 2021, e seja qual for virá para pauta”.
Logo depois outros vereadores também se manifestaram, até que Marquinho Bacellar foi até o púlpito e voltou ao mesmo tema, sendo que dessa vez foi mais direto e assumiu o papel polêmico. “Tempo teve para preparar a defesa. Se não tem nada para se preocupar é só chegar aqui, a ex-Prefeita e se defender, ou enviar a defesa. Será que nesses anos todos só fez bolo e ficou cantando?”, disse Marquinho Bacellar.