Prefeito de Macaé fala sobre desenvolvimento, empregabilidade, turismo e de agricultura
Por Assessoria CDL/Campos
O prefeito de Macaé, Welberth Rezende que abriu na noite de segunda-feira (24) o Ciclo de Palestras sobre Desenvolvimento Regional da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos- CDL-falou sobre a regionalização do desenvolvimento, respondendo perguntas sobre agricultura, royalties, empregabilidade, abordando também a suspensão dos voos pela Azul, decisão que afeta sua cidade e Campos.
No fim da década de 70, Campos e Macaé lutavam pelos royalties do petróleo. Viveram a era do chamado ouro negro, mas os royalties são finitos. Com administrar essa expectativa de perda?
Bem, gente, lá em Macaé, temos trabalhado com vistas a buscar a saída diante desse cenário que é certo. A gente tem certeza de uma coisa: que os royalties em duas décadas e meia vão acabar. E Macaé começou já a fazer um trabalho claro para diminuir a dependência destes recursos. É claro que boa parte das suas receitas, das suas despesas, são ancoradas ainda na questão dos royalties do petróleo, custeando uma grande parte de suas contas. Os royalties ao ainda importante para a gente, mas temos trabalhado com outras frentes para poder mudar a matriz de arrecadação no município, discutindo a questão da agricultura por exemplo. Estamos discutindo transformar Macaé um uma cidade do Saber, do turismo, avançando com as fábricas, tentando buscar a questão da fabricação para o município. Então, a gente está se preparando para poder viver um novo ciclo, com as térmicas. Estamos trabalhando para poder diminuir a dependência dos royalties de petróleo.
Essa questão da suspensão dos voos da Azul que afeta Campos e Macaé. Como resolver esse problema?
Bem, nós vamos inaugurar agora a pista do aeroporto de Macaé. Nós paramos com as operações de aviões para essa reforma. Os voos estavam indo bem, com dois deles diários para São Paulo. Então, isso é uma coisa que deixa a gente muito orgulhoso. E aí, vem a decisão da companhia de suspender os voos. Mas acho que com a inauguração da nova pista isso vai mudar. Na verdade a questão estava ligada ao era o preço, ao número de passageiros. Mas temos essa demanda e Macaé e Campos vão resolver esse problema. O avião decola de Campos, faz escala em Macaé e segue para São Paulo, fazendo o retorno nesta sequência. Mesmo com o preço da passagem salgado as duas cidades conseguem lotar a aeronave em todos os voos. Os passageiros de Campos e de Macaé vão se unir e nós vamos dar viabilidade isso aconteça. Acredito que esse problema será resolvido, até porque são duas cidades importantes, e como já disse existe uma demanda, mesmo com os preços nas alturas.
Fale sobre a questão da empregabilidade?
Estamos trabalhando muito na questão da empregabilidade. Macaé, na verdade, tem focado no desenvolvimento econômico. Buscar negócios, fazer negócio e é proibido perder negócios. Porque, através do desenvolvimento econômico, através de busca de novas empresas, a gente avança na questão da empregabilidade, e também na renda e outros reflexos na vida das pessoas e na dinâmica da cidade. Então, Macaé além de buscando as oportunidades, aproveitando o seu potencial por conta da infraestrutura instalada, busca a qualificação e a capacitação de pessoas. Nós estamos qualificando como nunca. Estamos oferecendo cursos de última geração na área de petróleo e gás. Acabamos de comprar seis mil cursos todos de última geração. Então, emprego para mim é algo muito importante. Nós estamos qualificando a população, além de procurar buscar viabilizar as vagas de emprego para as pessoas que moram na cidade.
E a questão fiscal?
Nossas contas estão bem. Estamos cuidando de arrecadação própria e investindo em infraestrutura. Temos nesse momento aproximadamente R$ 1 bilhão em obras na cidade. Isso mostra o fôlego e o poder de investimento no município, com certeza por conta da arrecadação pujante. Tivemos o ano passado um excesso de arrecadação. A cidade vem batendo recordes. Eu encontrei a cidade com há quatro anos com um orçamento de R$ 2 bilhões e estamos indo para R$ 5 bilhões. Isso ao mesmo tempo nos permite implementar projetos e programas sociais importantes na cidade. Criamos uma moeda social, o Macaíba que confere recursos para as famílias. São R$150 para o pai, R$150 para a mãe, mais R$75 para cada filho. Se o filho for especial, dobra esse valor. Então, são mais R$100 para o filho especial. No transporte também estamos subsidiando as passagens. A Passagem custa algo em torno de R$7, mas o macaense paga R$ 1, o que significa mais dinheiro no bolso da população.
O senhor está entusiasmado com a agricultura; pode falar sobre isso?
A gente está começando, Eu acho que, claro, que é o início e é muito bom para a gente, mas eu não quero parar por aí. Isso é o início de um grande negócio, como eu falei e me refiro a exportação de soja produzida em Macaé a exportada para a Rússia. Nós estamos diversificando nossa economia para diminuir a dependência do óleo e gás. E agricultura, para mim, é o caminho. A gente tem conversado com a Embrapa, que comprovou que a nossa região aí não é Macaé, mas toda ela é muito propícia. E a soja é algo que quando entra não sai mais. Claro, a pecuária é muito forte, mas agricultura também tem que ser muito importante para todos nós. Então nós estamos iniciando, fazendo reuniões com esses produtores para viabilizar tudo isso. Então vamos ter todos os implementos agrícolas para atender os produtores, inclusive com um silo para os grãos que será armazenado para que a gente possa no melhor momento vender também esse produto.
E a questão do turismo?
A gente está começando a organizar o nosso roteiro turístico da cidade. Macaé. Temos, por exemplo, o Parque Nacional da Restingas de Jurubatiba juntamente com Quissamã e Carapebus. Temos ainda as serras como Trajano e o Sana. Riquezas lindíssimas, áreas lindíssimas, de cachoeira. Por outro lado, também temos o mar. Nós estamos agora fazendo um plano de gerenciamento costeiro, nunca feito na cidade. É na verdade um estudo encomendado pela prefeitura, para poder criar os atrativos turísticos na cidade, já que vai ser com a Marinha do Brasil, para que a gente possa também fazer um roteiro de visitação às ilhas de Santana, à ilha do Francês, e outras áreas paradisíacas, mas que ainda tem um pouco de restrição. Já estamos tratando disso. O turismo é uma das nossas grandes potencialidades.