Bacellar anuncia que deputadas presidirão sessões na Alerj, em março
A jornalista Berenice Seara, da coluna Extra, Extra, do Jornal Extra trouxe a informação de que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o deputado Rodrigo Bacellar (PP) encontrou uma forma de homenagear as deputadas da Casa, comemorando o Dia Internacional das Mulheres, com o anúncio de que durante o mês de março serão elas que irão presidir as sessões.
A primeira sessão presidida por deputada será nesta quarta-feira (08) e seguirá até o fim de março. A primeira a assumir o principal posto da Assembleia será a deputada Martha Rocha (PDT).
Com maior número de deputadas na Casa, sendo 15 no total, não haveria sessões suficientes para que todas participassem. Mas ninguém vai ficar de fora: Tia Ju, que sempre auxilia o presidente no expediente final e outras ocasiões, abriu mão do espaço. Para as outras 11 sessões de março, um sorteio será feito e as parlamentares serão divididas.
Para amanhã, também está marcado um almoço comemorativo com todas as parlamentares na sede da Alerj.
Sala para defesa dos Direitos das Mulheres
A Alerj vai inaugurar uma sala de defesa dos direitos da mulher, com atendimento psicológico e jurídico para vítimas de violência. O anúncio foi feito nesta terça-feira (07) pela deputada Renata Souza, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.
Para Renata, os números de feminicídios no estado do Rio são alarmantes. “De acordo com o Instituto de Segurança Pública [ISP], houve aumento de 22% nos casos em 2022 em comparação ao ano anterior. No estado do Rio, 103 mulheres foram vítimas de feminicídio no ano passado”, disse a parlamentar.
Segundo a deputada, é preciso aumentar o orçamento para políticas públicas destinadas à mulher no estado. “Orçamento significa prioridade do governo para um determinado tema”, disse Renata, ao participar de audiência pública sobre os crescentes casos de feminicídio, na sede do Legislativo fluminense, no centro da cidade.
A coordenadora da Rede de Observatórios em Segurança Pública, Silvia Ramos, disse que, no ano passado, o estado do Rio registrou aumento de 45% nos casos de violência contra a mulher. “O que temos é o retrato de uma catástrofe civilizatória. Há muito trabalho pela frente em prevenção dos casos, em elucidação e punição dos crimes”, afirmou a pesquisadora.