Trabalhador morre em plataforma da Bacia de Campos
Na última segunda-feira (20), um trabalhador que estava a bordo da embarcação Torda da LOEP, na Bacia de Campos, morreu após passal mal. O cozinheiro, conforme relatos do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), foi transferido para uma sonda em busca de atendimento, porém, lamentavelmente, não resistiu. A notícia da morte chegou ao sindicato através das redes sociais.
O Sindipetro-NF tomou conhecimento do ocorrido na noite do dia 21, por meio de um canal de notícias no Instagram, informando que um corpo havia chegado ao aeroporto de Macaé proveniente de uma plataforma. Imediatamente, a entidade sindical iniciou uma apuração e descobriu que o trabalhador da embarcação Torda da LOEP havia passado mal, sendo transbordado por motivos de saúde para uma sonda, onde recebeu assistência, mas, infelizmente, faleceu na noite do dia 20.
Em nota, o Sindipetro-NF destacou ter enviado um ofício ao Setor de Saúde, Meio Ambiente e Segurança (SMS) e à gerência específica da LOEP e Poços, responsáveis pela embarcação e sonda, respectivamente, contudo, não obteve qualquer informação da Petrobras.
A versão oficial, conforme comunicado recebido pelo sindicato da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), detalha que o tripulante da Torda enfrentou problemas de saúde, resultando no transbordo para a sonda SS-70 em busca de atendimento médico. O resgate aeromédico foi acionado com urgência, mas, após diversas tentativas de reanimação, o colaborador não resistiu, falecendo a bordo por causas naturais às 18h15, em 20 de novembro.
Segundo informações fornecidas à entidade sindical pela ANP, o trabalhador vitimado era o cozinheiro da empresa Wilson, Sons.
A ausência de comunicação sobre o incidente por parte da Petrobras indignou a diretoria do Sindipetro-NF, conforme expressou o coordenador do Departamento de Saúde, Alexandre Vieira. Ele destacou a postura da Petrobras de esconder acidentes, especialmente com vítimas fatais, e lamentou o ocorrido, prestando solidariedade à família do trabalhador.
O Sindipetro-NF ressaltou que, de acordo com a CLT e o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria petroleira, a Petrobras é obrigada a enviar a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ao sindicato, com um prazo de 24 horas para essa notificação. O sindicalista questionou veementemente a decisão da Petrobras em não comunicar a morte ao sindicato, considerando o episódio como algo gravíssimo.